sábado, 1 de janeiro de 2011

A IGREJA LOCAL DE WITNESS LEE - Pr. Natanael Rinaldi
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I – HISTORIA
II – EXCLUSIVISMO RELIGIOSO
III - CONCEITO SOBRE A IGREJA CATÓLICA E AS DENOMINAÇÕES
IV – RESTAURAÇÃO DA IGREJA
V – LOCALISMO
VI – SINDROME DE PERSEGUIÇÃO
VII - CONCEITO SOBRE AS DENOMINAÇÕES
VIII - PROSELITISMO ENTRE AS DENOMINAÇÕES
IX – USO DA BÍBLIA
X - CÂNTICO MÂNTRICO
XI - O VALOR DAS DOUTRINAS
XII – BATISMO REGENERACIONAL
XIII - TIPOLOGIA DO BODE EMISSÁRIO
XIV – A TRINDADE
XV - JESUS COM NATUREZA AMALGAMADA
XVI - A DEIFICAÇÃO DO HOMEM
XVII - O CORPO DE JESUS INVADIDO POR SATANÁS
XVIII – O HOMEM HABITAÇÃO DE SATANÁS
XIX - JOÀO BATISTA – O PROFETA DESVIADO

I - HISTÓRIA
Witness Lee nasceu em 1905 em Chefoo, região da China. Teve influências cristãs e budistas até que fez sua decisão por Cristo em 1925. Em 1927 Witness Lee começou a estudar a revista publicada por Watchman Nee e começou a pregar para esse movimento. Watchman Nee era membro da igreja dos Irmãos de Plimouth e depois se separou e criou seu próprio grupo denominado o Pequeno Rebanho.
Por vários anos mais tarde, Lee presidiu o Pequeno Rebanho em Chefoo, até que foi convidado a se dirigir para Xangai para ajudar Nee no trabalho e isso durou até 1946. Depois que Nee foi preso, algumas diferenças de doutrinas e práticas entre Lee e outros dirigentes do Pequeno Rebanho contribuiu para a separação do grupo. Assim, Lee criou o seu próprio grupo em 1950, levando consigo muitos membros do Pequeno Rebanho e foi trabalhar em Taiwan e Filipinas. Em 1962 Lee fundou a primeira igreja em Los Angeles, USA .

II - EXCLUSIVISMO RELIGIOSO
Não tente ser neutro. Não procure reconciliar as denominações com a igreja local. Você nunca conseguirá reconciliá-las. Você consegue reconciliar branco com preto? Sim, mas serão cinza; nem preto e nem branco. (A Expressão Prática da Igreja, p.128).
Hoje em dia há principalmente dois tipos de crentes: um são as denominações, incluindo a Igreja Católica Romana, e o outro é composto daqueles que estão fora das divisões e sobre a base correta.

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Uma das características das seitas religiosas é o exclusivismo com que caracteriza os grupos. Vêem os adeptos de uma seita, na pessoa do seu fundador um tipo de pessoa carismática que recebeu uma revelação especial de Deus e assim tornou-se o porta-voz exclusivo dessa vontade divina para os homens. Nenhuma pessoa, até a chegada desse líder, conseguiu interpretar a Bíblia de modo correto. É uma visão nova desconhecida de todos e recebida diretamente de Deus.
Essa é a característica da Igreja conhecida vulgarmente como igreja sem nome ou Igreja Local. O fundador Witness Lee não poupa o reconhecimento dessa singularidade religiosa com que só poucos foram agraciados.
Essas palavras não são meramente um ensinamento, mas um forte testemunho do que tenho praticado e experienciado por mais de cinquenta anos. Fui capturado por esta visão... Precisamos ter esta visão, e precisamos estar prontos para pagar o preço, até mesmo o preço de nossa vida, por ela. (A Visão da Igreja, p.12 - 1991)

III - CONCEITO SOBRE A IGREJA CATÓLICA E AS DENOMINAÇÕES
O catolicismo romano e o protestantismo, assim como o judaísmo, estão todos nessa categoria, tornando-se uma organização de Satanás, como seu instrumento para danificar a economia de Deus.(Apocalipse (Versão Restauração), p. 28)
Visto que a ‘Mãe das Prostitutas’ é a igreja apóstata, as prostitutas, suas filhas, devem ser todas as diferentes facções e grupos no cristianismo que mantêm, até certo ponto, o ensinamento, as práticas e as tradições da Igreja Romana apóstata. A pura vida da Igreja não possui nenhum mal transmitido da Igreja apóstata. (Idem, p. 107)
RESPOSTA APOLOGÉTICA
Embora Witness Lee repudie abertamente as denominações afirmando que elas são divisões do corpo de Cristo não pode negar, historicamente, que a igreja local é uma divisão de duas outras denominações.

IV – RESTAURAÇÃO DA IGREJA
A Igreja Local estabelece três pontos sobre sua posição em face das outras igrejas:
1) Denominacionalismo é pecado em detrimento do crescimento espiritual. A igreja precisa ser unificada.
1) Só pode existir uma igreja em cada cidade e a Igreja Local é independente de todas as igrejas.
2) Os crentes devem quebrar sua lealdade às suas igrejas e estabelecer uma igreja local.
Na vida da igreja, posicionamo-nos pela unidade única do corpo de Cristo... ... Cremos que a oração do Senhor em João 17 será respondida na terra e que, quando formos aperfeiçoados em unidade, o mundo crerá e saberá que o Pai enviou o Filho. (O Que Cremos e Praticamos nas Igrejas Locais, p. 16)
A igreja local usa do mesmo artifício do mórmons. Só que estes pregam a restauração pelo nome da igreja enquanto que a IL fala do localismo. Freqüentemente os membros se utilizam da palavra restauração para afirmar que com o surgimento da igreja local, a igreja foi restaurada na terra
A restauração de Deus não começou no século vinte. Embora seja difícil fixar uma data exata para o seu início, é conveniente estabelecê-la na época da Reforma. A restauração passou por muitos estágios desde a Reforma... prosseguindo para a revelação de muitas verdades preciosas da Bíblia através dos Irmãos de Plymouth e depois continuando até a genuína experiência da vida interior. Agora ela atingiu o seu estágio atual com o estabelecimento das genuínas igrejas locais...(O Que Cremos e Praticamos na Igreja Local, p. 5)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Admitir que as igrejas locais sejam as genuínas igrejas de Jesus Cristo implica em reconhecer que todas as demais são falsas. É incrível que pessoas que se servem da Bíblia para mostrar que suas doutrinas se baseiam na autoridade da Bíblia consigam, ao mesmo tempo, negar a continuidade da Igreja fundada por Jesus no dia de Pentecostes. (At 2.37-44). Jesus prometeu que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja (Mt 16.18). Será que não lhe foi possível manter a integridade da sua Igreja e que a igreja por ele fundada veio a apostatar precisando ser restaurada por Witness Lee? Não prometeu Jesus estar conosco todos os dias até à consumação dos séculos (Mt 28.20)? Como aceitar essa arrogância religiosa de Witness Lee em afirmar que com o estabelecimento das genuínas igrejas locais a igreja foi restaurada na terra? Isso é realmente característica de seita – a exclusividade da revelação dada supostamente pelo Senhor Jesus ao líder fundador.
Mesmo sem essa ocorrência, não pode negar essa condição ao declarar:
No que diz respeito às questões financeiras, as igrejas locais estão legalmente registradas com relação ao governo, como entidades religiosas que não visam lucro.(O Que Cremos e Praticamos nas Igrejas Locais, p. 17).

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Essa não é situação legal de todas as denominações de estarem registradas como entidades religiosas? Isso não faz da igreja local uma denominação igual às demais? Sem dúvida que sim. Mas não é só isso. A igreja local é o fruto de uma segunda divisão de uma denominação. Era conhecida originalmente como Irmãos de Plymouth, surgidos na história em 1828.
Ironicamente, Witness Lee escreveu:
Toda denominação foi estabelecida por algum mestre. A história da igreja mostra que sempre que e onde quer que houvesse um grande mestre, lá houve uma divisão. (A Expressão Prática da Igreja, p. 182). É exatamente isso que ele fez.

V - LOCALISMO
A igreja local alega freqüentemente que a sua igreja está alicerçada numa base correta. A expressão “base correta” da igreja quer dizer que num município só poder haver uma igreja que represente o corpo de Cristo ou a sua igreja. Quando indagados: “Qual o nome da sua igreja?” Respondem: “A s igrejas locais não tem um nome. O único nome que ostentamos e honramos é o nome do Senhor Jesus Cristo. Tomar qualquer outro nome é insultá-lo. O termo ‘igreja local’ não é um nome; é uma descrição da natureza e expressão locais da igreja, isto é, a igreja numa localidade. Imprimir as palavras ‘igreja local’ com letras maiúsculas é um erro sério, pois isto dá a impressão que o nome é ‘igreja local’.” (O Que Cremos e Praticamos nas Igrejas Locais, p. 13)
A jurisdição de uma Igreja local deve abranger a cidade toda na qual a Igreja está; não deve ser maior nem menor que o limite da cidade. Todos os crentes dentro daquele limite devem constituir a Igreja local única naquela cidade. (Apocalipse (Versão Restauração), p. 16)
Lee quer nos levar a crer que a igreja só é representada em um ajuntamento em qualquer localidade. Em outras palavras, desde que haja uma igreja local em qualquer localidade, não pode existir outra naquela mesmo localidade.

RESPOSTA APOLOGÉTICA
O grande historiador Philip Schaff, na sua obra História of Christian Church, p. 371 declara, Em grandes cidades, como em Roma, a comunidade cristã dividiu-se a si mesma em várias assembléias em casas próprias, as quais, as vezes, eram dirigidas as cartas como a uma unidade.
A mais óbvia contradição do LOCALISMO na Bíblia é encontrada em Rm 16.5. Paulo escrevendo a igreja em Roma indagou de vários membros e daqueles que se reuniam em casa de Aquila e Priscila. Embora vivessem em Roma, eles tinha uma igreja em sua casa, independentemente para quem Paulo estava escrevendo. Se Aquila e Priscila tivessem sido membros da igreja, ou se tivessem uma congregação submissa a ela, estariam presentes por ocasião da leitura da carta aos romanos. A Igreja local ensina que a base da unidade é o localismo, mas Jesus disse que a base é Ele próprio (Mt 7.24-27). Em outras palavras, se a nossa base de fé é uma fé viva em Jesus Cristo, não podemos falhar. Em Mt 16.16-18 confirma isso. Pedro respondeu à pergunta de Jesus, “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.” (Mt 16.16) Jesus respondeu “Sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16.18) A igreja local se acha com o direito de decidir qual é a verdadeira igreja em uma localidade ou jurisdição.

VI – SÍNDROME DE PERSEGUIÇÃO
É comum em todas organizações religiosas admitirem que qualquer crítica contra sua igreja ou organização religiosa, apontando os erros doutrinários ou prevenir os denominações contra a forma de agir dos seus líderes, logo isso é tido como perseguição religiosa. Quando outras igrejas discordam dos ensinos e práticas da igreja local eles recorrem aos tribunais seculares. A igreja local em 24 casos nos Estados Unidos, China, Alemanha e agora no Brasil (Instituto Cristão de Pesquisas e ABEC) recorreram aos tribunais reivindicando direito de resposta.
Não importa se você é ou não religioso, pois desde que você persiga a igreja, você é parte do dragão ou pelo menos um com ele. Os judeus antigos pensaram que estavam lutando por Deus, mas não perceberam que estavam lutando junto com o dragão para perseguir o povo de Deus, e para acusar dano e estorvar a economia de Deus. (Estudo Vida de Apocalipse, vol. 2 p. 393)
O Jornal Batista de 16 de setembro de 1960 trouxe uma advertência contra a igreja local mostrando sua intromissão entre os evangélicos na venda de sua literatura produzida pela Editora Arvore da Vida. Essa editora é a que edita os livros e outras literaturas produzidas para a igreja local. O artigo trazia o título A SEITA QUE SURGIU PARA MINAR AS DENOMINAÇÕES. Dizia o artigo: Trata-se de um novo grupo que tem visitado nossas igrejas e enganado alguns de nossos irmãos... Esse grupo, denominado por alguns como ‘Igreja Local”, penetra em nossas igrejas, pregando diversas distorções teológicas e eclesiásticas... Foi repelido e a Editora Árvore da Vida ameaçou processar o Jornal Batista se não permitisse o direito de resposta no próprio jornal. Na edição de 30 de dezembro de 1990, p. 4 o Jornal Batista se viu obrigado a publicar a defesa deles. A defesa foi redigida nos seguintes termos : A Editora Arvore da Vida e os membros das igrejas que praticam a visão da unanimidade do corpo de Cristo em cada cidade vêm sendo vítimas de uma onda de calúnias e ataques irresponsáveis e mentirosos desde o segundo semestre do ano passado. Só porque o pastor batista fez um alerta no seu jornal se viu obrigado a ceder espaço para direito de resposta que apresentava estarem eles sendo ‘vítimas de calúnias e ataques irresponsáveis e mentirosos’.

VII - CONCEITO SOBRE AS DENOMINAÇÕES
Ensinam que ir a qualquer denominação quando se visita uma cidade é entrar numa divisão porque para encontrar a igreja restaurada deve ir-se na igreja que está nesse município.
Se você se mudar de São Paulo para Belo horizonte, não precisa se preocupar quanto a qual ‘igreja’ você irá. É tão claro. Você irá à igreja naquela cidade, à igreja local. Não irá a uma igreja chamada pelo nome de alguma rua, mas à igreja local naquela cidade; não à igreja de alguma casa ou de alguma universidade, mas daquela cidade. Se você entrar em qualquer outra coisa afora a igreja local daquela cidade, entrará numa divisão; se entrar na igreja daquela cidade, entrará na unidade. (A Visão da Igreja, p. 10,11).

VIII - PROSELITISMO ENTRE AS DENOMINAÇÕES
Por um lado, como vimos, há uma exortação para os membros da igreja local se manterem separados das demais denominações. Para não se misturarem. Por outro lado, na tentativa de conquistarem novos membros entre os denominações, infiltram-se entre elas demonstrando hipocritamente que somos todos irmãos e que devemos manter essa unidade.
Damos boas vindas a todos os verdadeiros crentes e buscamos comunhão com eles como nossos irmãos e irmãs em Cristo.( O Que Cremos e Praticamos nas Igrejas Locais, p. 4)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Não ensinam que os membros das igrejas locais não devem ser neutros e que a mistura de preto com branco resulta em cinza? Como manter essa pretendida unidade senão admitindo o intuito hipócrita de se introduzirem em nossas igrejas denominacionais para aliciarem pessoas? Tenhamos presente a recomendação de 2ª João 10-11, Se alguém vem Ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras.

IX - O USO DA BÍBLIA
Afirmam que crêem que a Bíblia é a completa revelação divina verbalmente inspirada pelo Espírito Santo.(O Que Cremos..., p. 3)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Sem dúvida que essa declaração de fé é aceita por todas as denominações evangélicas. Nenhum de nós nega o que afirmam sobre a Bíblia. Mas, o problema não é esse. O problema é a importância que dão ao entendimento quando se lê ou se estuda a Bíblia. Para a igreja local é coisa secundária entendermos o que lemos das Escrituras Sagradas.
Witness Lee declara que uma pessoa que não pertença a igreja local não pode entender o livro do Apocalipse, pois o livro não foi escrito para indivíduos mas somente para os membros da igreja local.
Se estivermos fora das igrejas locais, não teremos posição ou condição para recebermos o livro de Apocalipse, pois este não foi escrito para cristãos individuais. Foi escrito para as igrejas locais. ... Precisamos estar na igreja local.(A Expressão Prática da Igreja, p. 12)
E por que declara isso? Porque tudo depende de um sentimento conhecido entre eles como liberação do espírito para que se possa entender a Bíblia.
Diz ele:
Tudo depende da liberação do espírito. (A Expressão Prática da Igreja, p. 146)
“A LETRA MATA”

Em nosso funcionar, precisamos liberar o espírito. ‘A letra mata, mas o Espírito dá vida.’ A letra significa doutrinas, formas, regulamentos, e até mesmo maneiras ou métodos. Todas estas coisas são letras. Qualquer coisa além do Espírito é um tipo de letra, e essa mata.”(A Expressão Prática da Igreja, p. 115)
Esqueça sobre ler, pesquisar, entender e aprender a Palavra. ... a idéia que muitos de nós temos a respeito da Bíblia, é que ela é uma espécie de ensino, um livro cheio de doutrinas. Deste modo nós chegamos à Palavra com a intenção de entendermos e sabermos alguma coisa.... Nós não devemos ir à Bíblia para aprender e entender somente. (Orar-Lendo a Palavra, p. 7)
Simplesmente pegue a Palavra de Deus e ore lendo alguns versículos de manhã e à noite. Não há necessidade de você exercitar a sua mente para tirar dela algum proveito e não é necessário que você reflita sobre o que leu.
Por exemplo, ao orar-lendo Galatas 2.19 (leia-se v. 20), apenas olhe para a página impressa que diz: ‘Estou crucificado com Cristo.’ Então com os olhos na Palavra e orando do fundo do seu interior diga: Glória ao Senhor, Eu estou crucificado com Cristo’. Amém! ‘Eu estou’, Oh, Senhor! ‘Estou crucificado’. Louvado seja o Senhor! ‘Crucificado com Cristo’, Amém! Aleluia! “Estou crucificado com Cristo.” Contudo, Amém! ‘Eu vivo’, Ó Senhor! ‘Eu vivo’ Aleluia! Aleluia!, ‘Não eu, mas Cristo.’ etc. ... Ai talvez, você abra em João 10.10 e leia: ‘eu vim para que tenham vida’. Então com os seus olhos ainda na Bíblia você pode orar ‘Eu vim’, Amém! ‘Eu vim’. Aleluia! Eu vim para que tenham vida’. Louvado seja o Senhor! ‘para que tenham vida’. Aleluia! ‘Vida’ Amém! ‘Vida’ Ó Senhor! Vida. (Orar-Lendo a Palavra, p. 6)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Ora, ter uma Bíblia e recomendar que devemos lê-la sem procurar entender o que lemos é perda de tempo. O modo correto de lermos a Bíblia é procurarmos entender o que lemos. Na Parábola do Semeador Jesus ilustrou a importância de entendermos o que lemos, dizendo: “ Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta.”(Mt 13.23) Mas o que ouve a Palavra e não a entende foi comparado à semente que caiu à beira do caminho e que as aves do céu comeram e ficou infrutífera: Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração (v. 19)
Filipe quando foi enviado a pregar o evangelho ao eunuco e ouviu que ele lia o livro do profetas Isaías lhe perguntou, Entendes tu o que lês?(At 8.30) O eunuco respondeu:
Como poderei entender, se alguem me não ensinar? E rogou a Filipe queo subisse e com ele se assentasse. O eunuco queria ler, mas também queria entender o que estava escrito. E assim deve ser com todos os leitores da Bíblia.
Jesus ensinou também que não devemos ser repetitivos na oração: E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.(Mt 6.7) Quando oramos precisamos ser específicos na nossa oração e não falarmos palavras desconexas, sem sentido. É necessário orarmos com o espírito mas orarmos também com o entendimento: Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento.(1 Co 14.15)
Esse método contribui para que os ensinos da igreja local sejam aceitos sem discussão, sem qualquer espírito de crítica, e sejam preferidos a quaisquer outros ensinos, inclusive a Bíblia.

X - CÂNTICO MÂNTRICO
Paralelamente a essa prática de orar-lendo a Palavra, existe um tipo de cântico repetitivo na semelhança de um mantra oriental. Palavras chaves devem ser repetidas muitas vezes ao dia para o que Witness Lee declara ser uma liberação do espírito (um tipo de êxtase espiritual) e assim evitar a tentação. Os dizeres das palavras que devem ser repetidas é assim indicado:
Ó SENHOR, AMÉM , ALELUIA!
Amamos dizer quatro palavras: ‘Ó Senhor, Amém, Aleluia!... Portanto, essas quatro palavras não são algo que inventamos, e sim algo que descobrimos na Bíblia. (A Expressão Prática da Igreja, p. 157)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
A pergunta que se levanta é: não seria isso uma versão de um mantra cristão? Sabemos que mantra é o uso repetitivo de certas palavras ou frases com entonação característica e que, segundo crêem os supersticiosos que disto se servem, libera determinado poder. A prática do mantra é encontrada freqüentemente entre os budistas e os hindus para entrar em estado de consciência alterada, inclusive para desfrutar um êxtase. Um mantra muito conhecido é usado pelos adeptos do Movimento Hare Krishna.
A igreja local usa termos como: sinta, teste, toque, beba, coma, libere o espírito, etc. para provar o conhecimento de Deus e viver em santidade. É uma teologia conhecida como a Teologia do Emocionalismo, subjetiva (Jr 17.9). É baseada em experiências emotivas. O misticismo domina toda a sua teologia.Os membros são orientados a não questionar o lhes é ensinado, desde que assim fazendo estão procedendo como os pagãos. Todos os estudos são exatamente harmonizados como Witness Lee ensina. Lee ensina a fechar a mente quando nos aproximamos da Bíblia. A Bíblia condena essa posição At 17.11; 2 Tm 2.15; 3.5,15-17.

XI - O VALOR DAS DOUTRINAS
Witness Lee ensina:
Posso dizer uma palavra franca, honesta e amorosa para esses queridos? Esqueçam-se da doutrina e olhem para vocês mesmos! Quem e o que é você? Pouco importa se a doutrina é correta ou não. (Estudo-Vida de Apocalipse, 362)
Ensinamentos bons, certos, bíblicos e até mesmo ensinamentos espirituais têm sido usados pelo inimigo como substituto para o próprio Cristo. Muitos grupos de cristãos não se fundamentam em Cristo, mas em seus ensinamentos. (A Estratégia de Satanás Contra Igreja, p. 6)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Ora, se somos aconselhados a não usarmos nosso entendimento quando lemos ou ouvimos a Bíblia, não podemos discernir se o que ouvimos e lermos está correto.
Por isso, Paulo recomendou muito cuidado com a doutrina de Deus, para não aceitarmos o ensino diabólico ou de homens. (1 Tm 4.1,2; 2 Co 11.14) Paulo acentua muito a importância da doutrina de Deus. Disse ele:
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.(1 Tm 4.16)
Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfemias, ruins suspeitas.(1 Tm 6.3,4)
Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e na caridade que há em Cristo Jesus.”(2 Tm 1.13)
Admoestando-nos para o surgimento de falsos mestres para os nossos dias, Paulo adverte:
Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores, conforme as suas próprias concupiscências.
(2 Tm 4.3,4)
Com isso, os membros da igreja local devem apenas liberar o espírito e se deixar guiar pelos ensinos do seu líder fundador sem poder discernir se são corretos ou não.
Assim, quando formos às reuniões da igreja, devemos ser ousados para funcionar. Não devemos pensar demais, mas simplesmente funcionar liberando o nosso espírito a fim de expressarmos o Senhor. (A Expressão Prática da Igreja, p. 144)

XII – BATISMO REGENERACIONAL
Segundo o ensino do batismo regeneracional, erroneamente baseado em Jo 3.5 e Tt 3.5 o batismo tem o poder de regenerar os que se lhes submetem. Assim crê a igreja local
Para ser regenerado e entrar no reino de Deus, é preciso nascer, não só do Espírito mas também da água. Por isso, o batismo é uma condição para a regeneração e a entrada no reino de Deus. (Lição da Verdade – Nível Um , p. 92)
Assim como a fé é uma condição da salvação, também o batismo o é. (Idem, p. 93)
A água é não só o símbolo do batismo, mas também o meio da salvação. (ibidem, p. 86)
Batizar as pessoas é tão importante quanto pregar-lhes o evangelho.” (Lições da Verdade Nível Um, p. 79)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
O eunuco de Candace havia ido a Jerusalém para adoração e voltava lendo o livro do profeta Isaías (53.7,8). Ouvindo a explicação de Filipe sobre o Senhor Jesus, de quem Isaías falara (At 8.32-35) declarou sua fé em Jesus (v. 36,37) na forma proposta em Romanos 10.9,10, 13. Restava porém cumprir outro passo, não para a salvação, mas, sim, como obediência à ordenança de Cristo, que era o batismo nas águas. (Mt 28.19) E foi isto que o eunuco pediu que Filipe fizesse: que o batizasse , e ambos desceram às águas e Felipe o batizou. O batismo não salva, nem é um sacramento, pois não contém em si a graça salvadora. Trata-se de um testemunho público, de forma dramática, semelhante a um funeral, no qual novo crente declara que assim como Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou dentre os mortos, também ele, em Cristo, considera-se morto para o mundo e, como tal, tem de ser sepultado (simbolicamente nas águas ), Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.( Cl 2.12). Mas, assim como Cristo ressurgiu dos mortos e vive para sempre (Ap 1.18), o cristão também emerge das águas batismais, espiritualmente ressurrecto, para viver uma nova vida em seu Salvador Jesus Cristo (Rm 6.2-11; Gl 2.20) Na ordem de pregar o evangelho em Mt 28.19, Jesus ordena a procedermos da seguinte forma: a) proclamar o evangelho; b) discipular os novos convertidos; c) batizá-los em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Paulo declarou que Cristo o enviara para pregar o evangelho (Rm 1.16,17) mas não para batizar, Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar... (1 Co 1.17)

XIII – TIPOLOGIA DO BODE EMISSÁRIO
Quando Deus fez com que o Senhor Jesus levasse os nossos pecados na cruz para sofrer o julgamento e a punição de Deus em nosso lugar, Ele também fez com que todos os nossos pecados fossem postos sobre Satanás, a fim de que este arcasse com eles para sempre. Isso é revelado em tipologia na expiação registrada em Levítico 16. Quando o sumo sacerdote fazia expiação pelos filhos de Israel, ele tomava dois bodes e os apresentava diante de Deus. Um era para Deus e devia ser morto para fazer expiação pelos filhos de Israel, enquanto que o outro era ‘por Azazel’, isto é, para Satanás, para levar os pecados dos filhos de Israel (Lv 16.7-10, 15-22-IBB)” (LIÇÕES DA VERDADE – NÍVEL UM, p. 126)
Deus pôs todos os nossos pecados sobre o Senhor Jesus a fim de que os levasse todos, para sofrer a punição de Deus por nós e cancelasse a acusação contra nós diante Dele. Ele então deu todos os nossos pecados de volta a Satanás a fim de que ele mesmo os carregasse. Deus, assim, pode perdoar-nos dos nossos pecados e fazer com que eles nos abandonem. (Idem, p. 127)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Os israelitas em seu calendário religioso celebravam sete festas anualmente. A Festa dos Asmos, da Páscoa, de Pentecostes, das Trombetas, da Expiação e dos Tabernáculos (duas festas com o mesmo título). Uma das mais importantes era a Festa da Expiação e que está mencionada em Levítico16. Nesse dia solene os pecados dos israelitas eram removidos deles na figura de dois bodes: um o bode expiatório, que era morto e o sangue era aspergido no propiciatório do lugar santo dos santos do tabernáculo. Posteriormente o sumo sacerdote saia do lugar santíssimo e colocava as mãos sobe a cabeça do bode emissário e confessava os pecados do povo. O bode emissário era então conduzido ao deserto pela mão de um guia e lá deixado. Essa cerimônia do Dia da Expiação tipificava as duas fases da obra vicária de Cristo. Pela sua morte no Calvário, Cristo efetua plena redenção do pecado do povo (Hb 9.11,12, 24; 10.10-12) a segunda fase tipificava a remoção da maldição devida pelos pecados para nunca mais alcançar de novo aqueles que os cometeram. As seguintes razões justificam nossa interpretação;
a) os dois bodes de Lv 16.5,10 eram apresentados para expiação dos pecados dos israelitas e não só o bode expiatório;
b) Em Lv 16.22 se lê, Assim aquele bode (o emissário) levará sobre si todas as iniquidade deles à terra solitária; e enviará o bode ao deserto.
c) Essa expressão levará sobre si todas as iniquidade deles à terra solitária se refere à obra de Cristo profetizada em Is 53.11, O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidade deles levará sobre si.
d) Sabemos que Jesus é aquele de quem o profeta falava (Is 53.4-7, conforme interpretação que lemos em At 8.30-35. E Jesus é o Cordeiro de Deus que leva os pecados do mundo (Jo 1.29). Podemos ver isso também em 1 Pe 2.24, Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
Entretanto, o que ensina sobre o dia da expiação Witness Lee? Ensina exatamente o que ensinam os adventistas por meio de Ellen Gould White. Interpreta ele que o bode emissário tipifica Satanás sobre quem os pecados dos crentes serão finalmente colocados. Satanás seria então o co-redentor que carrega os pecados dos crentes da igreja local

XIV – A TRINDADE
Procuram os obreiros da igreja local fazer entender aos evangélicos que crêem na doutrina da Trindade como nós cremos.
Ensinam, entretanto, que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são todos a mesma pessoa, bem como o mesmo Deus e também que cada um deles é um passo ou estágio sucessivo na revelação de Deus aos homens.
Alguns vêem problema na palavra ‘processado’ e argumentam que é impossível que Deus seja processado porque Ele é eterno e imutável. Bem ora Deus eterna e imutável, contudo Ele passou por um processo. (Como Receber o Deus Triúno Processado, p. 7)
As três Pessoas da Trindade tornam-Se os três passos sucessivos no processo da economia de Deus. Sem esses três estágios, a essência de Deus nunca poderia ser dispensada para dentro do homem. (A Economia de Deus, p. 13)
O ensino da igreja local sobre a natureza de Deus é modalístico estático. Lee ensina que o Pai, Filho e o Espírito Santo são simultaneamente um o outro e, ao mesmo tempo, o Pai é o Filho e o Espírito. Esse ensino historicamente é conhecido como patripassionismo. O Pai padeceu na cruz como o Filho. Lee declara:
Quando o Filho veio, não veio sozinho, não deixou o Pai nos céus.(A Economia Divina, p. 40)
Provavelmente nos disseram no passado que quando o Filho veio nascer como um homem, Ele deixou o Pai no trono no céu, mas a Bíblia nos diz que quando o Filho veio, Ele veio com o Pai. (idem, p.41)
Ilustrando a sua forma de crer na Trindade assim escreve Witness Lee:
O Pai está ilustrado pela melancia inteira; o Filho, pelas fatias e, finalmente, o Espírito, pelo suco. Agora você vê este ponto: o Pai não é apenas o Pai, mas é também o Filho. E o Filho não é apenas o Filho, mas é também o Espírito.(Idem, p. 71)
Outra ilustração usada pelo mesmo escritor:
Alguns homens são de pouco propósito; por isso, sua aparência é sempre a mesma. Contudo, um homem cheio de propósito terá várias aparências. Se você pudesse visitá-lo em sua casa logo pela manhã, veria que ele é um pai ou um marido. Depois do café da manhã, talvez vá a uma universidade para ser um professor. À tarde, no hospital, é possível que o veja com um uniforme branco de médico. Em casa é um pai, na universidade é um professor, e no hospital é um médico.”... “O pai em casa, o professor na universidade e o médico no hospital são três pessoas... (Ibidem, p. 53)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Diante das citações do escritor Witness Lee fica patente que ele não segue a doutrina ortodoxa da Trindade, como ele procura transmitir quando pretende declarar que crêem na Trindade da forma correta. Ele mesmo reconhece que isso não procede.
Alguns teólogos tradicionais nos dizem que as três pessoa na Trindade divina: o Pai, o Filho e o Espírito, não devem ser confundidos e devem ser mantidos claramente separados o tempo todo. Mas a Bíblia ensina que Jesus, o Filho de Deus, tornou-se o Espírito. (Ibidem, p. 71)
O Pai disse do Filho: Tu és meu filho amado, em ti me tenho comprazido (Lc 3.22). Como fica se o Pai e o Filho são a mesma pessoa? Jesus e o Pai são um só Deus, não uma só pessoa. O Pai não veio com o Filho (Mt 5.16, 48; 6.9; 10.32,33)
A doutrina da Trindade é usualmente declarada nos seguintes termos: Na natureza do único e eterno Deus há três pessoas eternamente distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Todas as três pessoas são o mesmo Deus, embora o Pai não seja nem o Filho e nem o Espírito; o Filho não seja nem o Pai e nem o Espírito; e o Espírito não seja o Pai e nem o Filho.
A distinção entre as três Pessoas da Trindade são observadas na Bíblia, como passamos a expor:
1. Pai e Filho são duas pessoas distintas:
a) como duas testemunhas:
Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Há outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.”(Jo 5.31,32). “E, se na verdade julgo, o meu juizo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou. (Jo 8.16-18)
b) O que envia e o enviado:
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. (Jo 3.17)
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher... (Gl 4.4)
b) nas saudações:
Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.(1 Co 1.3)
“Paulo apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos.(Gl 1.1)
2. O Pai não é o Espírito Santo
a) O Pai envia o Espírito Santo
“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.”(Jo 14.16)
Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de Verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim. (Jo 15.26)
b) O Espírito Santo intercede junto ao Pai
... mas o mesmo Espírito intercede por nós, com gemidos inexprimíveis.” E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos. (Rm 8.26,27)
3. Jesus não é o Espírito Santo
a) O Espírito Santo é outro Consolador
Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.(Jo 14.16)
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguem pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.”(1 Jo 2.1)
b) O Espírito Santo glorifica a Jesus
“Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.(Jo 16.14)
c) O Espírito Santo desceu sobre Jesus no momento do batismo
Ë sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo com pomba e vindo sobre ele.(Mt 3.16)

XV – JESUS COM NATUREZA AMALGAMADA
A pessoa de Jesus é motivo de controvérsias. Algumas seitas negam sua humanidade afirmando que ele tinha um corpo fluídico, aparente; outros negam sua divindade, alegando ser ele o arcanjo Miguel, antes de tomar a forma humana. A igreja local ensina o amálgama da sua natureza divina com a natureza humana. Seria como se disséssemos que Jesus é 50% Deus e 50% homem formando nova natureza misturada.
O princípio da encarnação é que em tudo Deus está amalgamado com o homem, e o homem está amalgamado com Deus.(A Expressão Prática da Igreja, p. 146)
Podemos demonstrar esta relação mergulhando um lenço branco em tinta azul. A divindade do pai podia ser originalmente comparado ao lenço branco. Este lenço, imerso em tinta azul, representa o Pai no Filho encarnando-Se na humanidade. A peça branca agora tornou-se azul. Assim como o azul foi adicionado ao lenço, assim também a natureza humana foi adicionado à divina, e as naturezas antes eram separadas, agora tornaram-se uma. (A Economia de Deus, p. 13,14)
Através da Sua encarnação, Ele trouxe Deus para dentro do homem e amalgamou a essência divina de Deus com a humanidade. Em Cristo não há somente Deus, mas também o homem. (Idem, p. 14)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Se o ensino de Witness Lee fosse correto teríamos de concluir que a natureza divina amalgamada à natureza humana, faria com que essa nova natureza deixasse de ser inteiramente divina e sua natureza humana deixasse de ser inteiramente humana. Então, Jesus não seria absolutamente Deus nem absolutamente homem, mas metade de cada uma delas. Jesus antes de tomar forma humana era absolutamente Deus como lemos em Jo 1.1, ... e o Verbo era Deus. Vivia na condição de Deus, ... que sendo em forma de Deus...(Fp 2.5) Na sua encarnação foi-lhe preparado um corpo humano, ... corpo me preparaste. (Hb 10.5) Paulo define a natureza divino-humana de Jesus afirmando que nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.(Cl 2.9) Ainda em Rm 9.5 Paulo se refere a Jesus dizendo, ... dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. É assim uma personalidade teantrópica (theos: Deus; ântropos: homem) como lemos em Is 7.14, comparado com Mt 1.23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e chama-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco. Afirmamos, pois, que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem e uma só pessoa não com naturezas amalgamadas, ou misturadas.

XVI – A DEIFICAÇÃO DO HOMEM
A igreja local reage quando acusada de pregar a divindade do homem. Mas é isso que compreendemos de suas afirmações.
Ele não quer que você seja um homem bom, mas quer que você seja um homem-Deus. Você pode ser um ‘homem bom’, mas jamais poderá ser uma expressão de Deus se for meramente isso. Deus fez o homem à Sua própria imagem com o objetivo de que este O expresse. Ao nos tornarmos um homem-Deus, que é cheio Dele, nós O expressamos. Um homem-Deus é uma expressão de Deus. (A Economia Divina, p. 17)
Um cristão não é meramente um homem bom mas um homem-Deus.(Idem, p. 19)
Explicando o que significa a expressão homem-Deus com relação a Jesus, assim definem: Ele (Jesus) possuía duas naturezas: a divina e a humana. Ele era o Deus completo e o homem perfeito, um homem-Deus.(A Economia Divina, p. 45)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
Jesus era um homem-Deus e nós devemos tornar-nos um homem-Deus. Sendo assim, temos a mesma natureza de Jesus e se Jesus era Deus completo nós igualmente nos tornamos um Deus completo.
Isso se torna bem claro na seguinte declaração, quando somos o corpo vivo de Cristo em certo lugar, realmente somos a casa de Deus e a coluna e base da verdade. Somos então o aumento, a expansão, da manifestação de Deus na carne. É novamente Deus Se manifestando na carne, mas de uma maneira mais ampla. (Idem)
Witness Lee deixa claramente implícito que pensa que Deus vai se expandindo. Tal ensino é impossível,porém, à luz de Ml 3.6 onde Deus declara: Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Paulo falou de certos mestres que confundem Deus como a sua criação. Disse ele, E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível... (Rm 1.23).

Como vemos, a igreja local ensina inequivocamente que a igreja (o corpo de Cristo) torna-se Deus e que Deus torna-se a igreja. Cada vez que alguém é adicionado à igreja, Deus tem de expandir-se.
Para que não paire dúvida sobre esse ensino deificador do homem, a igreja local torna claro que sua doutrina da Trindade processual na verdade constitui uma quarternidade.
O Pai está no Filho, o Filho está no Espírito, e o Espírito agora está no Corpo. Eles agora são quatro em um: o Pai, o Filho, o Espírito e o Corpo. (A Expressão Prática da Igreja, p. 46)
Os mórmons tencionam se tornar deuses. É o ensino da exaltação do homem: o grande propósito dos mórmons é futuramente tornar-se deuses. Esperam com a exaltação ganhar um planeta e se tornarem deuses. A igreja local não quer esperar para o futuro essa nova condição, mas proclama que já podemos ser homens-Deus.

A Bíblia nega essa condição de homem-Deus para o cristão e ensina mais que a pretensão de o homem se tornar igual a Deus partiu primeiro de Lúcifer que queria ser igual a Deus (Is 14.12-14; Ez 28.14-16). Insinuou ao homem no Éden essa mesma possibilidade (Gn 3.5) e levou nossos pais à queda (Rm 5.12 ).
Somos filhos de Deus por adoção (Gl 4.4-6), diferentemente de Jesus que é Filho unigênito, isto é, da mesma natureza do grego monógenes. O homem regenerado é chamado nova criatura (2 Co 5.17). Repetindo: éramos criaturas de Deus (Gn 1.27) e nos tornamos filhos de Deus por adoção quando recebemos a Jesus como Salvador e Senhor (Jo.1.12; 1 Jo 3.1,2)
Não é isso o que ensina a igreja local. Ensina que, João 1.12 e 13 indicam que aqueles que recebem o Senhor Jesus são nascidos de Deus. Nascimento envolve um relacionamento íntimo e orgânico. Pelo fato de sermos nascidos de nossos pais, temos uma relação íntima e orgânica com eles. ... De acordo com a Bíblia, não, somos filhos legais de Deus nem meramente Seus filhos adotivos.” (Como Receber o Deus Triúno Processado, p. 6)

O cristão é participante da natureza divina (2 Pe 1.4) quando manifesta os atributos morais de Deus, mas jamais podemos manifestar os atributos incomunicáveis de Deus: a eternidade, onipotência, onisciência e onipresença. Isso é negado pela Bíblia: Assim diz o Senhor Jeová: visto como se eleva o teu coração e dizes: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares (sendo tu homem e não Deus) e estimas o teu coração como se fora o coração de Deus... (Ez 28.2) Não executarei o furor da minha ira; não voltarei para destruir Efraim, porque eu sou Deus e não homem. (Os 11.9)
Portanto, a doutrina de Deus, ensinada pela igreja local, é manifestamente contrária ao que dizem as Escrituras. Ela ensina que Deus é mutável, primeiramente tendo-se transformado de Pai em Filho, de Filho em Espírito Santo e então tendo-se transformado na própria igreja. Ela nega as pessoas reais e distintas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, preferindo falar em estágios da manifestação de Deus aos homens. Como é lógico, essa posição que nega o Pai, o Filho e o Espírito Santo é herética e devemos rejeitá-la. Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho.(1 Jo 2.22)

XVII – O CORPO DE JESUS INVADIDO POR SATANÁS
Witness Lee identifica o pecado como Satanás. A princípio, Deus tencionou criar o homem com o propósito de manifestar a si mesmo. Mas Satanás tentou o homem, de maneira tal que o homem comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ao assim fazer, o homem absorveu Satanás. Enquanto Satanás continuar no homem, este não poderá manifestar Deus. Em vista disso, Deus resolveu apossar-se do homem, o que conseguiu fazer primeiramente através da encarnação, em Cristo. Então Deus conduziu Jesus à cruz, a fim de que morressem tanto o homem quanto Satanás. Finalmente, Deus ressuscitou ao homem e a Cristo (que é o próprio Pai) dentre os mortos, a fim de que, o homem pudesse expressar plenamente a Deus.
Quando Cristo estava na cruz, Ele era um homem à ‘semelhança’ da serpente. A serpente é Satanás, o diabo, o inimigo de Deus, mas Cristo Se encarnou como homem, tendo até a semelhança da carne pecaminosa, que é a semelhança de Satanás. O homem foi feito puro, mas um dia Satanás entrou no homem para possuí-lo. Satanás estava contente, pensando que fora bem sucedido ao tomar posse do homem, que tinha Satanás dentro de si. (O Homem e as Duas Árvores, p. 10)
Através da encarnação, Deus colocou o homem corruptível sobre Si e levou tal homem à morte, na cruz. Ao mesmo tempo, Satanás, dentro deste homem caído, foi também levado à morte. Assim, foi por meio desta morte na cruz que Cristo destruiu o diabo.(Idem, p. 11)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
A Bíblia expõe claramente a distinção entre o pecado e Satanás. O pecado é ali desvendado como a atitude que resulta em atos de desobediência e deslealdade para com Deus e a sua Palavra (Rm 3.23; 7.15,16, 25). Apesar do que, ocasionalmente o pecado seja personificado como se fosse alguém dotado de vontade própria, podemos perceber isso tão somente reflete uma linguagem figurada. Por outra parte, Satanás é apresentado como um ser pessoal, como um anjo caído, com personalidade espiritual própria, Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vos. (Tg 4.7) Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Como diz o texto ele anda em derredor mas ele não está dentro do homem (1 Pe 5.8) Por conseguinte é incorreto confundir-se o pecado com Satanás.

Jesus é identificado como homem corruptível como homem caído e, tendo Satanás dentro de si, foi levado à morte de cruz para pagar o preço da nossa redenção. É possível admitir tanta blasfêmia contra nosso Senhor e Salvador a um só tempo? Não é o Jesus que conhecemos na Bíblia, que foi concebido sem pecado pelo Espírito Santo (Lc 1.31-35) e de quem se fala como santo, inocente, imaculado separado dos pecadores. (Hb 7.26)

XVIII – O HOMEM HABITAÇÃO DE SATANÁS
Os membros da igreja local se irritam quando lhes fazemos a seguintes pergunta: Vocês ensinam que Satanás está no corpo do homem? Não podemos tirar outra conclusão de que isso é verdade, pois é o que lemos de suas publicações da Árvore da Vida:
Será que somos impressionados com o fato de que todos os três seres: Adão, Satanás e Deus – estão em nós hoje? Somos bastante complicados. O homem Adão, está em nós; o diabo, Satanás, está em nós; e o Senhor da vida, o próprio Deus, está em nós. Portanto, nós nos tornamos um pequeno jardim do Éden.(A Economia de Deus, p. 189 )
“Adão, o ego, está na nossa alma; Satanás, o diabo está em nosso corpo; e Deus, o Deus Triúno, está em nosso espírito.”(Idem, p. 190)
Por isso, o homem tem não só a vida e natureza de Satanás mas também o próprio Satanás como tal espírito maligno operando dentro de si.(LIÇÕES DA VERDADE – NÍVEL UM, p. 13)

RESPOSTA APOLOGÉTICA
O nosso corpo é o templo do Espírito Santo, Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós. (1 Co 3.16) Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.(1 Co 6.19,20) Pode o cristão ser o templo do Espírito Santo e ao mesmo tempo ser possesso? Jesus veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8-10) e o Diabo não toca na vida do cristão fiel. Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não pecamos o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. (1 Jo 5.18)

XIX – JOÀO BATISTA – O PROFETA DESVIADO
Quem poderia imaginar que João Batista algum dia pudesse ser acusado de traidor de Jesus. Sim, o jornal Arvore da Vida traz artigo em que coloca João como um que se tornou um fariseu integrando os homens chamados por Jesus de ‘a raça de víboras’.
João Batista é um exemplo de alguém que começou na linha da vida, na incumbência de Deus, mas que no fim se desviou.
Ele mesmo disse: Convém que ele cresça e que eu diminua (Jo 3.30). Entretanto, em vez de diminuir, João cresceu. Ele gerou um discipulado. Certa vez, quando João encontrou Jesus, dois de seus discípulos seguiram-No, mas ele mesmo não foi.
No início, ele foi totalmente contra os fariseus, chamando-os de raça de víboras, mas depois igualou-se a eles.(Mt 9.14)
João começou a perder totalmente a direção de Deus. Ele se orgulhou, até mesmo chegou a competir com Cristo: tinha seus próprios discípulos e andava no seu próprio caminho. Por isso o Senhor permitiu que sua cabeça fosse cortada. (Arvore da Vida, ano 3, número 25, p. 6)

RESPOSTA APOLOGÉTICA

Como vemos, declarações absurdas assacadas contra a honra de um profeta de Deus da estirpe de João Batista. Jesus afirmou de João Batista que dos nascidos de mulher não havia maior do que ele. Ainda que houvesse uma hesitação por parte de João Batista, conforme Mt 11.2,3, isto não implica que ele se tornasse um traidor. João Batista concluiu sua missão como um herói da fé. Mas João, quando completava a carreira, disse: quem pensais vós que eu sou? Eu não sou o Cristo; mas eis que após mim vem aquele a quem não sou digno de desatar as alparcas dos pés.”(At 13.25) João completou a sua carreira, da mesma forma que Paulo o fez , ... acabei a carreira...(2 Tm 4.7)

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